Três de dez: as veias africanas do Brasil

Devo a Gilda essa nova cachaça: listar livros que me marcaram. Eia, pois, Ricardo, Kátia e Sílvio. E arriba Joy e Antônio que lhes toca esta dança.
Difícil imaginar um mural mais forte e tocante da escravidão que a narrativa emendada de Um Defeito de Cor. Impossível não se compadecer da dor e ignomínia impostos a milhões de africanos acorrentados aos produtos-rei de nossa economia e ao conforto no mínimo culposo de toda uma sociedade.
Mas Ana Maria Gonçalves com as estórias com que tece nossa história, faz-nos compreender que não são só - como se fora pouco - os seus mais velhos que redesperta, mas parte importante de todos nós, de todas as cores e defeitos, que temos tanto de África em nossas veias e cultura.